segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Gestação parte 8 - As dores da gestação

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Há dois meses do prazo dado pelo médico para o nascimento do bebê, uma amiga conta que não vê a hora do filho nascer. Porém, não é só por ansiedade e curiosidade de ver a carinha do baby; claro que ela está doida para ter seu bebê nos braços, mas o que a  está deixando louca pelo fim da gestação, são as dores que está sentindo. Nenhum problema grave, mas muitas dores nas costas, nas pernas e câimbras que não acabam nunca.
Foto: André Sielski - Zoom Photo
A má notícia é que todos esses sintomas são típicos da gravidez. A boa notícia é que existem algumas maneiras de ao menos aliviar todos esses desconfortos. As inúmeras alterações causadas pelo aumento dos níveis de hormônios deixam os ligamentos do corpo elásticos e com maior mobilidade e as articulações ficam mais soltas. Por isso, as gestantes sofrem com dores nas costas, quadris, joelhos e tornozelos. Sem falar que a gestante pode apresentar dores abdominais que, geralmente, ocorrem no segundo trimestre da gravidez, já no terceiro trimestre, contrações descoordenadas da musculatura uterina, conhecida por Braxton-Hicks. Nas últimas semanas, a gestante pode sentir cólica e dor pélvica, afinal o bebê se encaixa na parte inferior da bacia. Tudo aparentemente normal, se não forem muito fortes e intensas, é claro.
De acordo com o ortopedista Luiz Alberto Nakao Iha (CRM-SP:111559), formado pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e médico da Clínica Healthme, é comum a grávida ter dificuldade em realizar tarefas simples como agachar, sentar, andar ou virar de lado. “Também é considerado normal, durante a gravidez, ela sofrer com transtornos de ordem circulatória (inchaços), osteoarticular (predisposição e lesões articulares), muscular (dores) e respiratória devido a alterações hormonais e o grande aumento do volume abdominal”, explica o médico.
O médico acrescenta que a dificuldade em se movimentar e as queixas de dores pioram no último trimestre da gestação. E é importante a paciente conhecer quais são as dores mais comuns para identificar os sintomas e identificar se algo está fora de controle.
Por tal motivo, o ortopedista lista os principais incômodos na gestação e dá dicas para minimizar o desconforto, confira!

Dor nas costas: Costuma ser mais intensa do quinto ao sétimo mês de gestação. “A gestante pode sentir dor na região lombar, localizada na região inferior das costas. E dores nas pernas devido à contratura da musculatura ao longo da coluna. A intensidade piora se a mulher permanecer muito tempo sentada ou em pé”, destaca. 
Evite: Usar salto alto e coloque um travesseiro entre as pernas ao dormir de lado. Se for abaixar, dobre as pernas e não a coluna. Mantenha uma alimentação equilibrada para controle de peso. 

Dor na panturrilha e tornozelos: Geralmente, surge após o segundo trimestre, por causa da tensão nas pernas causada pelo aumento do peso e acúmulo de líquido nas pernas, provoca um incômodo e sensação de peso nas panturrilhas principalmente no final do dia. 
Evite: Para amenizá-la, é importante realizar alguns exercícios físicos e  alongamento para as pernas. Um deles é deitar e com um pano (por exemplo: toalha, fronha) apoiado na ponta do pé com o joelho esticado e tentar alongar a parte posterior da perna.

Dor sacro-ilíaca: ela acomete a articulação entre o sacro (final da coluna que se alarga) e a bacia, chamada de articulação sacro-ilíaca. A dor se estende para os glúteos e região posterior da coxa, não ultrapassando o joelho. Ela ocorre devido ao aumento de peso e alterações hormonais que podem sobrecarregar essas articulações.
Evite: Para prevenir as dores e desconforto durante a gestação, vale apostar em exercícios de fortalecimento da musculatura e diminuir o esforço nas crises de dor

Câimbras: A partir do terceiro trimestre, a barriga começa a pesar e a postura se altera para garantir equilíbrio. As pernas e as costas são as áreas mais afetadas nesse estágio. Também é a fase que o bebê ‘rouba’ o cálcio da mãe aumentando as chances de a gestante sofrer câimbras.
Evite: Mantenha uma alimentação rica em cálcio, ingerindo leite e seus derivados ao menos três vezes por dia. Faça exercícios físicos, alongando os músculos antes e depois da atividade.

Dores nas articulações: É normal surgir sensação de dor ou dormência nas extremidades do corpo, sendo mais frequente nas mãos. Nessa fase, acontece um acúmulo de líquido nos compartimentos e, por esse motivo, alguns nervos podem ser comprimidos e atingir os dedos.
Evite: Controle o aumento excessivo de peso, faça exercícios regularmente e mantenha a postura adequada. 

Dores nas pernas: O peso da barriga sobrecarrega o sistema cardiovascular da gestante e isso acarreta inchaços e dores nas pernas.
Evite: O sedentarismo não é saudável também nessa fase. Por isso, pratique atividades físicas, faça caminhadas e aposte em meias elásticas, de suave a média compressão, para diminuir os inchaços.

Outros incômodos: Além das dores musculares e articulares, as gestantes também podem sofrer de dor de cabeça, no estômago, na virilha, nos seios e na região pélvica. “São inúmeros os fatores que contribuem para o surgimento dessas dores, entre eles, o peso da barriga, tamanho do bebê, excesso de peso e alterações hormonais”, diz o médico. 

Fonte- Ortopedista Luiz Alberto Nakao Iha (CRM-SP:111559), formado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e médico da Clínica Healthme

2 comentários:

  1. Estou quase completando 34 semanas. Realmente, na maior parte do tempo penso mais em me livrar dos incômodos do que em ver o rosto do bebê... rs rs O 3o. trimestre me livrou (temporariamente) das horríveis dores na costela que quase me matavam dia e noite, mas trouxe a dor pélvica, no quadril, na bacia, nas pernas, cãimbras que eu nem sabia direito o que eram até a gestação...(nem banana nem derivados de leite - ainda mais que sou intolerante à lactose então consumo pouco - resolveram, só um gel relaxante do Boticário que está me aliviando), hemorroida, azia, refluxo, celulite q eu tb não tinha..., estrias nos seios, falta de ar... UFA! Quem disse que era fácil fabricar um bebê??? Mas na reta final, são detalhes! O que importa mesmo agora é que ele venha saudável e seja um bebê feliz, é nisso que eu foco no momento.
    bjos!

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  2. Não é fácil mesmo, Andréa! Mas realmente o que importa é que o Eric nasça com saúde e que seja muito feliz... E com pais maravilhosos como vocês, tenho certeza que ele será! Bjão

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