Atendendo ao apelo de amigas
que estão passando por este momento, o palpite de hoje é sobre o fim da licença
maternidade.
Por mais que nos preparemos antes
ou durante a gravidez sobre este assunto, quando realmente chega a hora de
voltar a “trabalhar” (entre aspas porque a licença maternidade está longe de se
assemelhar a um período de férias; pelo contrário, é sim uma fase de muito
trabalho) não há coração de mãe que não balance. Mesmo as mais desencanadas não
conseguem evitar aquele pontinho de dúvida, um (ainda que pequeno) remorso ou
mesmo um sentimento de culpa só por considerar a ideia de deixar seu bebê aos
cuidados de outra pessoa. E aí vem a primeira pergunta: “E agora, parar ou não parar de trabalhar”?
Bom, eu não pude me dar ao luxo
de fazer esta opção, mas acho que o mais importante é você ouvir seu coração e
fazer aquilo que realmente acredite que seja o melhor para você e para o seu
bebê. Dito assim, parece meio óbvio, mas muitas mulheres tomam a decisão
pensando apenas na criança e acabam se arrependendo depois. A questão a considerar
aqui é: Honestamente, tudo bem para você largar a carreira para se dedicar
somente ao seu filho (e à casa, ao marido) considerando a possibilidade de nunca
mais conseguir de volta o seu, ou qualquer outro, trabalho; e sabendo que uma
hora ou outra as crianças crescem, saem de casa para viver suas próprias vidas?
Se a resposta for tudo bem, mas
tudo bem mesmo, dê adeus aos seus colegas de trabalho. Mas se você não tiver
tanta convicção da resposta, melhor considerar a possibilidade de não largar o
emprego. Lembre-se que por melhor que seja para o seu filho ter a mãe por perto
24 horas por dia, uma mãe infeliz não vai ter condições de se dedicar adequadamente
à criança. Acredite: seu anjinho não merece este peso e, mais cedo ou mais
tarde, pode se sentir culpado pela escolha que você fez!
Conheço mães que largaram o
emprego numa boa, porque realmente era o que queriam, que não ficaram se lamentando
com argumentos do tipo “ah, se eu não
tivesse parado de trabalhar...” e que não se arrependem nem um pouco. Da
mesma forma conheço outras que continuaram no mercado e que nem por isso
deixaram de ser mães dedicadas e amorosas; lembrando que mais vale a qualidade
do tempo que você passa com o seu filho do que a quantidade do tempo que você
fica com ele. E há ainda um terceiro grupo de mães que resolveram adaptar a
carreira, ou seja, seguiram trabalhando, só que em outro ramo ou transferiram o
escritório para casa (é o caso das meninas do Bazar Coisas de Mãe) e estão
muito satisfeitas com a escolha que fizeram.
Resumindo, tudo bem em abandonar
a carreira para ficar com seu baby e tudo bem também em continuar a trabalhar.
O que importa é que você esteja bem com a decisão o que, consequentemente, vai
fazer bem prá todo mundo. Mas se você escolher a segunda opção, vai ter que
encarar a segunda pergunta: “Vovó, creche ou babá - Com quem deixar o bebê”?*
*Aproveito aqui para agradecer
às vovós da Raphaela,
Arlete, minha sogrinha, e Terezinha, minha mãezinha,
que
se revezam nos dias da semana para ficar com ela;
e aos vovôs Ênio, sogrinho,
e Edson Paulo, meu papai,
também, é claro!! A vocês quatro eu só tenho a dizer:
MUITO OBRIGADÚÚÚÚ!!!!!!!!!
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Foto: G S Rutkoski |
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Foto: G S Rutkoski |