Sei
que muita gente tem reservas com relação à vacina da gripe. Mas preconceitos e
boatos a parte, é importante que se diga: A VACINA NÃO CAUSA GRIPE!!! O que às
vezes acontece é que, como a medicação é feita com o próprio vírus atenuado, se
a pessoa vai tomar a vacina já meio resfriada acaba tendo os sintomas, muitas
vezes com mais força. Vale lembrar que o vírus da gripe é um vírus mutante e a
vacina imuniza contra alguns tipos da doença (H1N1, H3N2, e Influenza B), mas
não todos; sendo assim, mesmo tomando a vacina você pode ficar gripado caso
entre em contato com alguma outra variação do vírus.
No
entanto, é sempre melhor tomar a vacina do que não tomar. Afinal, como temos
visto nos últimos anos, foi-se o tempo em que a frase “gripe não mata” podia
ser dita sem ser questionada. E especialmente com as crianças, não dá para
bobear. Por isso, papais e mamães, não deixem de levar seus pequenos até o
posto de saúde mais próximo para fazer a imunização contra a gripe até sexta-feira,
dia 26.
Infelizmente
a campanha do Ministério da Saúde só inclui a faixa etária das crianças até 2
anos de idade. Porém, quem puder e tiver condições sugiro que procure a rede
particular para vacinar também não só as crianças maiores, mas a família toda. Assim
você previne, ou pelo menos diminui as chances daquela situação de um contrair
a doença na rua e acabar passando para os outros.
Além das crianças com idade entre seis meses e
dois anos incompletos, idosos com mais de 60 anos, gestantes, indígenas,
trabalhadores de saúde que exercem atividades de promoção e assistência à saúde
a casos de infecções respiratórias e
pessoas privadas de liberdade; a campanha deste ano inclui também mães que
tiveram bebês até 45 dias antes da data de vacinação e os portadores de doenças
crônicas, conforme a relação abaixo disponibilizada pelo Ministério da Saúde:
Pessoas portadoras de doenças crônicas com
indicação da vacina influenza sazonal:
Categoria de risco
clínico |
Indicações |
Doença respiratória
crônica |
Asma em uso de
corticóides inalatório ou sistêmico (Moderada ou Grave); DPOC; Bronquioectasia; Fibrose Cística; Doenças Intersticiais do pulmão; Displasia broncopulmonar; Hipertensão arterial Pulmonar; Crianças com doença pulmonar crônica da prematuridade. |
Doença cardíaca
crônica |
Doença cardíaca
congênita; Hipertensão arterial sistêmica com comorbidade; Doença cardíaca isquêmica; Insuficiência cardíaca. |
Doença renal crônica |
Doença renal nos
estágios 3, 4 e 5; Síndrome nefrótica; Paciente em diálise. |
Doença hepática
crônica |
Atresia biliar; Hepatites crônicas; Cirrose. |
Doença neurológica
crônica |
Condições em que a
função respiratória pode estar comprometida pela doença neurológica; Considerar as necessidades clínicas individuais dos pacientes incluindo: AVC, Indivíduos com paralisia cerebral, esclerose múltipla, e condições similares; Doenças hereditárias e degenerativas do sistema nervoso ou muscular; Deficiência neurológica grave. |
Diabetes |
Diabetes Mellitus
tipo I e tipo II em uso de medicamentos. |
Imunossupressão |
Imunodeficiência
congênita ou adquirida; Imunossupressão por doenças ou medicamentos. |
Obesos |
Obesidade grau III. |
Transplantados |
Órgãos sólidos; Medula óssea. |