segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Reveillon em paz com seu bebê


Todo bebê, especialmente se for recém-nascido, requer uma série de cuidados e vale lembrar que, como já disse aqui e torno a repetir, alguns bebês são mais sensíveis do que outros. Dito isso faço um alerta aos pais que querem garantir tranquilidade na hora da virada: o segredo para não entrar no ano novo em meio a muita choradeira é tomar algumas precauções:
Tente se colocar no lugar do bebê. Se for muito novinho o ideal mesmo é procurar um lugar bem calmo e aconchegante para passar o Reveillon, de preferência em casa ou num local onde você possa desfrutar de um quarto ou de um ambiente que ofereça um pouco de privacidade. Lembre-se que o recém-nascido ainda está se habituando ao mundo, e aquela barulheira toda de festa e fogos de artifício pode ser muito assustadora para ele. Lembre-se também que vocês ainda terão muitas oportunidades para comemorar o Reveillon em grande estilo. Mas se mesmo assim você não quiser, ou não puder, abrir mão deste momento; ao invés de forçar a barra, considere a possibilidade de deixá-lo com a avó ou com algum parente que vá ficar longe de toda aquela badalação.
Se o bebê já for maiorzinho, e já entender um pouco como tudo funciona, dá para tentar transformar tudo em uma grande brincadeira. Explique o que vai acontecer logo mais à noite, que haverá uma grande festa e diga que haverá foguetes! Mesmo que ele não saiba exatamente o que é isso, tente explicar com suas palavras e simule o barulho dos fogos com um "pou!" ou "bum!". A ideia é fazê-lo associar o estouro a uma coisa boa, ou pelo menos não tão assutadora. E sempre que ouvir algum barulho semelhante faça a maior festa, sem demonstrar medo. Se não adiantar, na hora da virada procure se afastar para um local mais tranquilo e tente distrair a criança com um dvd, uma música alegre ou mesmo com alguma brincadeira.
Entender e respeitar o bebê são a chave do sucesso para uma entrada de ano mais do que especial...
Feliz Ano Novo!!!

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Desejos de natal


Nesta semana especial, o Palpites de Mãe não traz um palpite propriamente dito, mas sim uma mensagem dedicada a todas as famílias que sempre, ou de vez em quando, passam por aqui.

Foto: G.S.Rutkoski
Do fundo do coração, desejamos um Natal não só feliz, mas abençoado;

Um Natal não só alegre, mas cheio de carinho e de gargalhadas gostosas;

Um Natal não só mágico, mas pleno de sentimentos verdadeiros;

Um Natal não só de festas, mas coberto de muito amor e compreensão;

Um Natal não só de confraternização, mas recheado de união e harmonia;

Um Natal não só de presentes, mas decorado com a presença de pessoas queridas;

Um Natal não só de fartura, mas repleto de partilha e doação;

Foto: G.S.Rutkoski
Acima de tudo, desejamos que neste Natal não falte paz, que o menino Jesus não seja esquecido e que renasça em nossos corações trazendo a certeza e a esperança de um mundo muito melhor!!!

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Vigilância - Fique de olho no seu bebê!


Com um bebê todo cuidado é pouco! E a última semana foi uma prova disso.  Para falar sobre o tema da semana vamos relembrar alguns fatos não muito agradáveis, mas que marcaram os últimos dias. Infelizmente, pelo menos 4 bebês morreram em situações que servem de alerta para nós, pais e mães de crianças pequenas. Não nos cabe aqui julgar, acusar ou eximir de culpa os pais ou responsáveis destes pobres anjos, mas acredito que seja válida uma pequena reflexão em torno destes tristes incidentes para que possamos nos prevenir e, quem sabe, evitar novas tragédias. Afinal, já dizia o provérbio e agora também Augusto Cury, em uma versão mais nova, que “uma pessoa inteligente aprende com os seus erros, uma pessoa sábia aprende com os erros dos outros”.
Os casos a que me refiro são os dos gêmeos de 1 ano e seis meses que morreram afogados na piscina da casa onde moravam em Taboão da Serra, na Grande São Paulo; o do bebê de 5 meses que morreu após se engasgar em uma creche em São Paulo; e o do bebê 4 meses que ficou preso no berço e morreu asfixiado na casa dos avós em Salete, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina. Com certeza os familiares estão com os corações dilacerados e por eles só podemos rezar para que sejam confortados neste momento de dor. Mas fica o alerta para as demais famílias. É claro que acidentes e imprevistos acontecem, porém, na maior parte dos casos é possível tomar algumas precauções para tentar evitar situações trágicas.
Não sei como era o berço onde a criança morreu asfixiada, mas segundo a avó o bebê estava com metade do corpo para fora; o que nos leva a imaginar que a criança deve ter tentado passar pela grade e, sem sucesso, acabou ficando trancada e, sem ar, veio a falecer. Para prevenir, o ideal é escolher o berço com cuidado e observar as medidas de segurança. De acordo com o Inmetro, o espaço entre as grades deve ter no máximo 6,5 cm, justamente para prevenir que o bebê coloque a cabeça no vão. Vale ainda lembrar que uma babá eletrônica, especialmente com câmera, poderia ajudar numa hora dessas. Com a ajuda do aparato, por exemplo, você pode deixar a criança dormir sozinha em segurança e sair para fazer os afazeres de casa com tranquilidade.
Para o segundo caso, também valem dois alertas. O primeiro diz respeito quanto à escolha da escolinha. Peça referências, chegue de surpresa para conhecer as instalações e observar como tudo funciona, cheque se o número de profissionais que atuam em cada sala é suficiente para atender bem a todas as crianças. O segundo alerta é quanto à própria alimentação. De acordo com os jornais, a criança morreu engasgada após ser alimentada com leite. Ou seja, aqui não havia sequer o risco de o engasgo ter sido provocado por algum pedaço de alimento, mas talvez tenham esquecido de que após a mamada/ou a mamadeira o bebê precisa ser colocado para arrotar e, especialmente, se já é uma criança com histórico de refluxo precisa ficar de 10 a 15 minutos na posição vertical para reduzir a chance de o leite voltar. Às vezes mesmo assim o leite volta (sei bem porque a Raphinha tinha refluxo e não foram poucas as vezes que o leite voltou mesmo depois de eu ter ficado com ela em pé por mais de meia hora), só que aí vale a vigilância e atenção de quem cuida para observar a criança, ficar de olho para ao primeiro sinal de engasgo erguer o bebê, dar uns leves tapinhas nas costas ou mesmo aplicar os primeiros socorros.
Com relação ao episódio dos gêmeos, mais dois alertas. O primeiro é que todo cuidado é pouco quando os pequenos começam a caminhar. As crianças são naturalmente curiosas e assim que começam a se locomover vão mesmo tentar explorar o mundo. Cabe a nós, pais e responsáveis, tirar do caminho delas tudo o que possa representar perigo. E vale lembrar que ainda nessa idade o lugar mais seguro para os pequenos dormirem é o berço, sem esquecer que, à medida que crescem, é prudente levantar as grades para que os pequenos não possam sair dali sozinhos. O segundo alerta para este caso está relacionado com a piscina. Há vários casos de crianças que morreram afogadas nas piscinas das próprias casas em um momento de descuido dos pais. Para quem tem um bebê e tem piscina em casa, pense bem em isolar a área com uma cerca, colocar câmeras e um alarme. Já existe até um no mercado que avisa quando qualquer coisa com mais de 6 kg cai na água.
Ainda assim ninguém está imune a tragédias, mas vale tudo para tentar prevenir o pior, não é mesmo?!

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Gestação parte 9 - Altas temperaturas


Os últimos dias foram muito quentes, não é verdade?! Pelo menos aqui em Santa Catarina as temperaturas estão cada vez mais altas, chegando muitas vezes à casa dos 40º, com sensação térmica de até 50º!!! E se esse calor todo deixa todo mundo “meio mole”, as mamães gravidinhas são as que mais sofrem nessa época do ano. Porquê? Acontece que o calor costuma agravar alguns dos incômodos típicos da gestação como inchaço, queda de pressão, câimbras e varizes; o que causa muito desconforto para as gestantes.
É por isso que, nessa época, o cuidado das mamães tem de ser redobrado. A boa notícia é que pequenos e simples cuidados podem ajudar a aliviar os sintomas como sempre carregar uma garrafinha de água na bolsa, repousar e se proteger do sol. Segundo o angiologista Ary Elwing (CRM-22.946), especialista em cirurgia vascular periférica e tratamento  laser, os pés e as pernas incham devido à dificuldade de circulação de retorno que pode se agravar nos dias quentes. “Durante o verão, há uma dilatação maior dos vasos sanguíneos e o sangue passa a circular lentamente, fazendo com que o corpo retenha mais líquido que o normal", explica.
Foto: Terezinha Bittencourt
Por isso, no verão, as gestantes devem usar roupas confortáveis, mais largas e de materiais como linho e algodão que facilitam os movimentos. “As gestantes também não devem permanecer muito tempo sentadas com as pernas para baixo ou deixá-las expostas ao sol. O período é ideal para realizar passeios curtos, procure se levantar, esticar as pernas e sempre mudar de posição. Tudo isso ajuda a ativar a circulação, sendo que nos dias mais quentes, tomar uma ducha de água fria também é recomendado”, afirma o angiologista. 

Inimigos do verão
O angiologista Ary Elwing enumerou cinco problemas que acometem a circulação sanguínea da gestante devido às altas temperaturas:

1. Inchaço nas pernas e nos pés - O inchaço pode ser provocado pelas alterações de circulação causadas pela gravidez, devido a compressão do útero sobre os vasos, excesso de peso, alterações hormonais entre outras prejudicando o retorno do sangue das pernas ao coração. O excesso de calor faz com que as veias se dilatem, causando inchaço e dor nas pernas e nos pés. 
Como evitar: mantenha as pernas elevadas enquanto dorme com a ajuda de uma toalha ou uma almofada. Habitue-se a sentar com as pernas retas apoiadas em um banco ou cadeira. Caminhe de duas a três vezes por semana, nas horas mais frescas. “O uso de meias elásticas também é recomendado”, aconselha o médico. Evite usar anéis, pois os dedos também costumam inchar.
2. O mal das varizes - Durante a gestação, as varizes surgem devido ao crescimento do útero que passa a comprimir as veias na região do abdômen. “O aumento de peso e a elevação da progesterona também faz com que ocorra uma dilatação nas veias das pernas, podendo surgir novas varizes ou aumentar as já existentes”, esclarece Elwing.
Como evitar: evite cruzar as pernas e, quando for dormir, apoie os pés sobre um travesseiro para facilitar a circulação. Os exercícios de hidroginástica , caminhadas e  ioga também ajudam a melhorar a circulação. Evite o uso de roupas apertadas, prefira as soltas e confortáveis.
3. Cuidado com trombose
Essa doença é decorrente da obstrução de uma veia por coágulo (chamado de trombo), impedindo ou dificultando parcialmente a passagem de sangue no local. Se a gestante passa a se queixar de dor persistente nas pernas, que piora ao tentar alongar o músculo, acompanhada de inchaço e batata da perna dura e quente, é fundamental procurar um médico para avaliar o quadro e comprovar o diagnóstico da trombose. 
Como evitar: evite ficar muito tempo em uma única posição: sentada ou em pé. Durante viagens longas, use sapatos confortáveis e que não apertem, caminhe dentro da aeronave ou veículo de transporte quando possível e faça exercícios com a ponta dos pés, que também auxiliam na prevenção de problemas circulatórios e utilize meias elásticas sempre com orientação do angiologista.
4. Desidratação e queda da pressão
Cansaço, tontura e suor em excesso são as principais reclamações das gestantes durante o verão.  “O calor dilata os vasos sanguíneos e isso impacta diretamente na pressão arterial, fazendo-a despencar. Daí surge sensações de cansaço e tontura, ocorrendo risco de desmaios”, afirma Elwing.
Como evitar: evite exposição solar nos horários de pico, entre 11h e 16h, não frequente local abafado, sem circulação apropriada de ar ou ambientes com muita aglomeração. Use roupas leves e claras para facilitar o controle da temperatura corporal. 
5. Câimbras
A perda excessiva de água e sais, como sódio e potássio, por meio da transpiração e a compressão do sistema vascular por onde retorna o sangue das partes baixas favorece o surgimento de câimbras, principalmente pela manhã. A dilatação dos vasos periféricos e a diminuição do fluxo sanguíneo comprometem a oxigenação dos músculos das pernas e isso leva a dormências e câimbras em gestantes.
Como evitar: beba bastante água, repouse e tente ficar mexendo os tornozelos e os pés enquanto estiver sentada para não deixá-los na mesma posição por muito tempo. À noite, durma com os pés elevados para ajudar o retorno venoso.

Driblando as altas temperaturas
Algumas medidas simples podem evitar tais problemas, são elas:
• Consuma dois litros de água por dia, a ingestão de líquido contribui para a circulação sanguínea;
• Movimente-se e faça caminhadas durante o dia, evite ficar parada ou sentada por muito tempo;
• Cuidado com a alimentação: evite o excesso de sal e de peso;
• Em repouso, eleve as pernas para melhorar a circulação sanguínea.

Fonte- Angiologista Ary Elwing (CRM-22.946), especialista em cirurgia vascular periférica e tratamento a laser.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Palpite extra: Bazar e Curso de Gestantes


Atenção para quem mora na Grande Florianópolis (SC)!
Nós próximos dois finais de semana o que não faltam são programações especiais dedicadas às mamães. Estamos falando do Bazar Coisas de Mãe, que neste mês terá duas edições, e do curso de gestantes “Bebê a bordo: maternidade responsável”, realizado pelo Banco de Cordão Umbilical com o apoio da One Store Marisol de Florianópolis.

Sobre o Bazar
O Bazar Coisas de Mãe estará aberto nos dias 8 e 15 de dezembro, das 13h às 19h, no Sesc Cacupé. Além da exposição de uma grande variedade de produtos, às 14h30 está previsto um bate papo com a professora de Yoga e representante da linha de Biomaquiagem Janine Schimitz sobre o tema “Beleza + Natural”; e às 16 horas, Letícia Barbosa ministra uma oficina de confecção de enfeites de Natal para fazer com as crianças.

Sobre o Curso
Promovido pelo Banco de Cordão Umbilical com o apoio da One Store Marisol de Florianópolis, o curso de gestantes “Bebê a bordo: maternidade responsável” acontece no dia 13 de dezembro, das 19h às 22h30 no Auditório Floripa Shopping. O evento gratuito é destinado às futuras mamães, mas os pais interessados também podem participar.
A programação do curso inclui três palestras, que ocorrem de forma dinâmica e participativa. Com o médico pediatra Cecim El Achkar, os participantes aprendem sobre os primeiros cuidados com o bebê, a preparação para a amamentação, forma correta de segurar o bebê, como identificar os tipos de choro, educação e muitas outras dúvidas. Na segunda palestra, proferida pelo médico obstetra Paulo Rockenbach, são apresentadas as fases da gestação, os tipos de parto, sinais do parto, exames que devem ser realizados durante a gestação, tipos de anestesias, entre outras dúvidas dos participantes. A palestra final é sobre coleta do sangue do cordão umbilical para armazenamento das células-tronco.
Para participar do curso, as gestantes devem realizar suas inscrições pelo e-mail curso.bebeabordo@gmail.com e informar nome completo, nome do acompanhante, idade gestacional e telefones de contato. Embora a entrada seja gratuita, é pedido como entrada um quilo de alimento por pessoa e o curso é limitado a 70 participantes.
O Floripa Shopping fica na Rodovia SC-401, 3.116 – Saco Grande – Florianópolis. O curso é realizado no auditório da Associação dos Lojistas, no estacionamento subsolo.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Expectativas (frustradas) de natal...


Desde o primeiro natal de minha filha estou sonhando com “aquela foto linda de revista”, estampando seu lindo sorriso ao lado do Papai Noel. Mas como no ano passado ela estava com apenas 4 meses e ainda sofria de muitas cólicas e refluxo, resolvemos nem arriscar levá-la a algum lugar para ver o “bom velhinho” por medo de acabarmos promovendo uma cena digna de novela com um bebê berrando a plenos pulmões no colo de um Papai Noel recém ingurgitado, rssss...
Foto: G. S. Rutkoski
O tempo passou, a Raphaela cresceu, as cólicas e o refluxo foram embora, e pensei comigo mesma: “Ah, este ano sai a foto de natal”! Mãe boba que só, já estava toda animada fazendo planos de mandar fazer cópias da foto, acrescentar alguns dizeres e dar de lembrança aos parentes. Para garantir uma foto cheia de sorrisos, há meses que a venho “preparando” para este momento (o do encontro com o Papai Noel), não só falando sobre o natal, sobre o nascimento do menino Jesus e sobre a bondade do velhinho de roupa vermelha e barba branca que distribui presentes para as crianças; como mostrando fotos e decorando a casa com os motivos natalinos.
Tudo parecia perfeito! Raphinha já estava tão encantada com o natal que ficava toda animada ao ver algum enfeite natalino ou mesmo seus personagens preferidos da época: o menino Jesus, a quem ela já chama pelo nome; e o Papai Noel, a quem ela carinhosamente chama de “HO-HO-HO”! Mas para minha frustração, foi em vão toda essa “preparação”...
Foto: G.S. Rutkoski
Ao chegar no Shopping devidamente decorado, ela ficou toda animada vendo a decoração e fez até pose para sair na foto com o menino Jesus, Maria e José. E também demonstrou muita admiração ao ver o Papai Noel “de verdade”, ao lado de uma simpática Mamãe Noel. Do meu colo onde estava, pediu para ir para o chão de onde tentou correr até eles. Infelizmente, precisamos conter sua espontaneidade pois havia outra criança na frente aguardando na fila. Não sei até que ponto esse episódio comprometeu tudo, o fato é que, quando finalmente chegou a hora dela, a Raphaela travou no meio da rampa. Ficou parada olhando para aquele casal simpático um tanto admirada, mas (muito mais) desconfiada ao mesmo tempo. Tentando quebrar o gelo, pedi para que dissesse a eles como o Papai Noel faz, e ela chegou a repetir o seu “HO-HO-HO”, deixando a todos os espectadores encantados e os pais prá lá de orgulhosos, mas não dava nenhum passo à frente. Como havia várias outras crianças na fila, fui forçada a dar aquele “empurrãozinho básico” e pegá-la no colo para entregá-la logo à Mamãe Noel.
Foto: Raphael Rutkoski
No entanto, ao se ver ali em meio aqueles dois queridos desconhecidos, na mesma hora ela já me olhou fazendo beicinho e não teve jeito de sorrir, demonstrando claramente que não estava gostando nenhum pouco daquilo tudo. Confesso que saí frustrada dali e (como mãe dramática que sou) na hora fiquei chateada mesmo com aquela situação.
Eu sei que é normal as crianças estranharem esse primeiro tête-à-tête com o Papai Noel, mas achava que a culpa era dos pais que não as preparavam para este momento.
Foto: Raphael Rutkoski
É, passada a decepção inicial, percebi como fui tola e talvez até egoísta criando essa expectativa e jogando essa responsabilidade toda em cima da minha bebê. Afinal o que importa é estarmos juntos, e poder passar para os nossos pequenos o significado e o verdadeiro sentido do espírito de natal, que ultrapassa os presentes, as fotos e tudo o mais que seja material. Em resumo, as lições que tirei desse episódio são que:
             a)                 ver o Papai Noel ao vivo, de carne e osso, é uma coisa; mas ir para o colo de um desconhecido, ainda que seja o “bom velhinho” (ou a mulher dele), é bem diferente;
b)                 como já pude comprovar em outras situações, é muito fácil julgar, e muito mais fácil ser mãe, antes de ser mãe;
c)                 não é bom ficar criando (falsas) expectativas sobre o comportamento do seu filho diante de situações inéditas, é preciso dar tempo ao tempo, saber que cada criança tem o seu ritmo e lembrar que, às vezes, crianças podem ser imprevisíveis;


Foto: Raphael Rutkoski
Por hora, vou me contentar com uma fotinho nossa em meio a uma decoração de natal. Não tenho barba, muito menos cabelo branco, mas até que ficou legal. “Não é, não?!” J

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