segunda-feira, 16 de abril de 2012

Amamentação

Só quem é mãe sabe a emoção que é dar de mamar. Confesso que antes de passar pela experiência eu tinha um pouco de medo de como seria esse momento, se seria uma sensação estranha e se eu conseguiria amamentar meu bebê. Mas assim que a Raphaela nasceu, e eu a coloquei no peito pela primeira vez, foi tão natural que parecia até que nós duas já havíamos feito isso antes.
Foto: Raphael Rutkoski
         Fico emocionada só de lembrar aquele bebezinho tão pequenininho já sugando em suas primeiras horas de vida. E esse é justamente um dos segredos para o sucesso: A natureza é tão sábia que os bebês já nascem com um reflexo especial de sugar assim que sua boca ou bochechas são tocadas.

Antes
Quanto às mamães, teoricamente não é preciso preparar a mama para amamentar; o próprio corpo da mulher se encarrega disso durante a gestação. Porém, há alguns cuidados que podem ser tomados para que a pele do bico do seio fique mais fortalecida e não ocorram rachaduras o que, além de dor, pode causar outros problemas como inflamação (mastite). O indicado é você conversar com o seu ginecologista e obstetra, até porque há diversas formas e diferentes correntes de especialistas que defendem um ou outro método. De qualquer forma, já para matar a curiosidade das futuras mamães compartilho neste link o que fiz.
Outra preocupação que eu tinha era sobre como “pegaria” o bebê para amamentar. Como faria com os braços (meus e da criança)? Será que poderia apoiar o corpo do bebê no colo? E foi fuçando na internet que encontrei esse vídeo bem didático com as posições para amamentar:


Durante
Quanto mais o bebê mama, mais leite o corpo da mulher produz. Por isso é tão importante que a criança seja colocada ao seio já nas primeiras horas de vida. Às vezes o leite (chamado de colostro no início) demora um pouco a descer, dizem que isso acontece especialmente com quem faz cesárea (não sei se sou uma exceção à regra, mas isso não aconteceu comigo). E não dê ouvidos se alguém vier te dizer que o seu leite pode ser fraco ou que você deve ter pouco leite porque o seu seio é pequeno. Tudo balela! Não existe leite fraco e a quantidade de leite não tem nada a ver com o tamanho da mama. E até mesmo as mulheres que possuem o mamilo invertido podem amamentar. Conheço uma mãe (de gêmeos inclusive!) que tem esse problema e amamentou numa boa.
Um fator super importante, que não se ensina nos cursos para gestantes (pelo menos não nos que eu participei, fui aprender depois com uma amiga), é que é possível ajudar no controle de produção do leite, tanto para quem tem pouco como para quem tem muito leite (saiba como clicando aqui).
Outro segredo para o sucesso da amamentação é que o bebê deve abocanhar toda a mama pegando uma boa parte da auréola e não apenas o bico do seio. Assim a mulher não sente dor e evita rachaduras. Essa é chamada boa pega ou boa pegada. Alguns recém-nascidos já fazem isso naturalmente, outros não. Mas outra boa notícia é que dá para “ajudar” o seu filho a fazer direitinho. Antes de oferecer o peito à criança, segure a mama com o polegar e o indicador (na forma de um “C”) e aperte um pouquinho como que reduzindo o tamanho da região a ser abocanhada.

Depois
O leite materno oferece tantos benefícios ao bebê (veja os detalhes em vídeo) que é aconselhado que o bebê mame exclusivamente no peito até os seis meses de vida. E além de ser fundamental para o crescimento e desenvolvimento do bebê, a amamentação é prática, barata e só faz bem à mulher: diminui o sangramento pós parto, faz o útero voltar ao normal mais rápido, e ainda diminui o risco de câncer de mama e de ovário. No entanto, nem sempre isso é possível amamentar até o fim. No meu caso, precisei começar a dar mamadeira para complementar a alimentação da Raphaela (ela teve muita cólica e refluxo, não estava ganhando peso suficiente) e aos poucos ela foi deixando o peito e preferindo a mamadeira (para mamar o bebê precisa fazer um grande esforço, enquanto com a mamadeira é muito mais fácil).
Quando chega a hora de parar com a amamentação, muita gente recorre à vacina ou outras formas artificiais, digamos assim. Porém, dizem que esses métodos fazem os seios murcharem; o legal é que seja um processo natural em que mamãe e bebê reduzam juntos este ritmo. Quando a minha bebê começou a querer mamar no peito só durante a madrugada, lá pelos quatro meses, eu cheguei a ter que tirar o leite durante o dia umas duas ou três vezes porque as mamas estavam muito cheias, mas gradativamente o corpo foi entendendo o recado, reduzindo o ritmo de produção e, quando eu sentia que as mamas começavam a produzir leite, fazia a compressa com a bolsa de gel congelada. Falei com minha ginecologista e ela disse que se eu conseguisse ir levando assim seria a melhor forma para nós duas. Foi o que eu fiz e, assim, o leite foi “parando” de descer, aos poucos.
Bom, se alguém tiver alguma dúvida é só deixar um recado nos comentários ou mandar uma mensagem na página do Palpites de Mãe no Facebook. Afinal esse assunto é super importante e ainda tem muitas coisas para se dizer sobre a amamentação; mas por hora acho que já escrevi bastante, não é mesmo?!

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