Ainda temos enfrentado dias frios, especialmente para quem mora aqui no
sul, mas com a proximidade dos dias mais quentes e iminente chegada do verão é
preciso ficar atento para um problema de saúde muito comum nessa época do ano,
a insolação. Com a exposição ao sol, as pessoas ficam mais propícias à
queimadura solar. Por isso, papais e mamães, precisamos proteger muito bem nossos
bebês e tomar alguns cuidados especiais para evitar ou, se for o caso, tratar a
queimadura.
Para tratar do tema, quem vai assumir o palpite da semana será o médico
e presidente do Instituto Prevenir é Saúde, dr. Edimilson Migowski. As dicas
não são específicas para as crianças, mas achei muito importante para
compartilhar com vocês.
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| Foto: G. S. Rutkoski |
Vale lembrar apenas que o uso do protetor solar só é liberado para os
pequenos após os 6 (seis) meses de vida, pois há risco de intoxicação pelas
substâncias químicas dos fotoprotetores. Antes disso, é necessário evitar a
exposição solar. Mas também não quer dizer que o sol é um vilão do qual devemos
manter os recém-nascidos longe a qualquer custo. Pelo contrário, tomar banho de
sol de forma moderada, antes das 10 horas ou após às 16 horas ajuda na síntese
de vitamina D e também ajuda no combate da icterícia. A dica é começar aos
poucos, com 5 minutos diários, depois 10; até chegar a 30 minutos!
Dito isso, com a palavra o dr. Edimilson Migowski:
Com a chegada da primavera e do verão a exposição ao sol é mais
frequente, mas se exagerada pode causar um sério problema de saúde, pois os
riscos de queimadura solar aumentam.
Esse tipo de queimadura é causada pela superexposição à radiação
ultravioleta (UV), emitida por raios solares e também por lâmpadas de
bronzeamento. Em dias nublados a queimadura também pode ocorrer, pois os raios
UV passam pelas nuvens, por isso o cuidado com a pele e o uso do filtro solar é
necessário em todos os dias.
Hidratar o corpo é uma das principais indicações de primeiros socorros
em caso de insolação. Além de beber água, a aplicação de um pós-sol depois da
exposição solar ajuda a manter a pele hidratada e alivia a ardência.
“Depois que você de se afasta da fonte de calor a queimadura ainda
progride, por isso que ao utilizar um produto pós-sol, você esfria e hidrata a
pele, além de evitar que a queimadura se agrave”, afirma o médico.
Dados da Secretaria do Estado da Saúde de São Paulo apontam que entre os
meses de janeiro e fevereiro há um aumento de 30% no número de consultas com
dermatologistas nos ambulatórios estaduais. O principal motivo da procura por
ajuda médica está relacionado às queimaduras causadas pela exposição inadequada
ao sol.
Os sintomas usuais de queimadura solar são pele avermelhada e quente ao
toque, sensação de ardor. Em casos de insolação mais grave pode provocar dor de
cabeça, tontura, vômito e febre.
Em caso de queimadura solar
• Se a pele ficar vermelha
e/ou ardida hidrate o corpo: tome água, aplique um pós-sol ou faça
compressas frias com soro ou água gelada;
• Se a queimadura for mais grave, com
formação de bolhas e sintomas como febre, vômito e tonturas, procure
atendimento médico. Não use produtos como vinagre, pasta de dente etc.
Sob o sol
• Use bloqueador solar. Não esqueça
de aplicar (e reaplicar) em partes sensíveis e pouco expostas ao sol, como
orelha, pescoço e peito do pé;
• Evite exposição ao sol entre 10 e
16 horas;
• Use chapéu, óculos escuros e
camiseta;
• Não esqueça que, mesmo em dias
nublados, 60% dos raios solares atravessam as nuvens;
• Hidrate-se com frequência;
• Após a exposição ao sol, aplique um
hidrogel no corpo para mantê-lo hidratado.
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| Foto: Terezinha Bittencourt |
