segunda-feira, 23 de abril de 2012

A chupeta


Usar ou não usar, eis a questão.
Foto: G. S. Rutkoski
Como contei para umas amigas neste final de semana, antes de ser mãe eu dizia que só daria chupeta para meu bebê uma vez ou outra, se fosse muito necessário, num momento de muito desespero, em que ele ou ela estivesse chorando muito. O fato é que nos primeiros meses a Raphaela sempre chorava muito! Ela nasceu quase um mês antes do previsto e, talvez justamente por isso, com muitas cólicas por conta da imaturidade do sistema digestivo. Assim, já no segundo dia de vida*, minha filha me mostrou que eu precisava rever os meus conceitos; eu, que nem mesmo havia levado o acessório para a maternidade, precisei dar o braço a torcer, e meu marido teve que sair às pressas atrás de um bico para tentar acalmá-la.
Porém, não pensem que estou aqui levantando a bandeira “pró-chupeta”. Embora o bebê tenha sim a necessidade de sugar, o bico serve mais para acalmar os pais do que a própria criança. Sem falar que se usado em demasia pode provocar diversos problemas ortodônticos. Meu irmão é dentista (dr. Ericson Luciano da Silva) e tem vários pacientes por conta do uso excessivo da chupeta.
Resumindo, se não for preciso, o melhor para a criança é não usar o bico. No entanto, se for necessário, use o bom senso e dê preferência àquelas com formato ortodôntico que são menos prejudiciais! No começo, como todo bebê que mama no peito, a Raphaela quase não aceitava o bico, dava umas duas ou três “sugadinhas” e já jogava fora. Mas de tanto eu insistir ela acabou pegando** e, em parceria com o secador, foi muitas vezes um santo remédio.
Foto: G.S.Rutkoski
Só que eu acabei me perdendo na dose quando ela começou a querer colocar a mão na boca toda ora e, por conta disso, ficava toda babada e, no calor, até com as bochechas assadas... Como meu tio e pediatra, dr. Austregésilo da Silva, explicou é super normal as crianças quererem colocar na boca não só a mão, mas também os pés em dado momento e tudo o mais o que conseguem pegar. É a chamada fase oral que inclusive é superimportante para o desenvolvimento infantil. Mas o fato é que para que ela não ficasse toda molhada a toda hora eu já estava exagerando e dando o bico a todo o momento, mesmo que ela não reclamasse. Foi aí que meu irmão fez o alerta para diminuir o tempo de uso da chupeta. Agora estou tentando dar o bico a ela mais para dormir e quando chora ao longo do dia ou para chegar de casa até uma festa, por exemplo, “inteira”, sem se lambuzar muito, rsss... Mas quero ver se consigo tirar a chupeta logo, antes dos três anos.


* Dizem que as cólicas do bebê só aparecem a partir da segunda semana após a data do (ou prevista para o) nascimento, mas, seja o nome que for, desde o início minha filha tinha aquelas crises de choro estridente e ficava com a barriguinha dura, sintomas típicos de bebês com cólicas. Hoje ela é só sorrisos, claro que vez ou outra chora e tem seus momentos de manha, mas nada comparado ao sofrimento dos primeiros meses.
** Já li sobre uma “especialista” em bebês que diz que se for para dar o bico, este deve ser dado até a segunda semana de vida. Segundo ela, se o bebê não tiver contato com a chupeta dentro desse período ele não pegará mais! Porém, uma amiga disse que tentou dar bico para a filha desde os primeiros dias, fez a experiência até com vários tipos diferentes... e nada!

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