segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Gestação - parte 5: Os primeiros "chutinhos"



Uma amiga grávida veio me perguntar super ansiosa quando comecei a sentir o bebê dentro da barriga, já que ela até agora não sentiu nada. Bom, no início costuma ser difícil detectar os movimentos do bebê. Por volta de quatro meses e meio eu comecei a sentir leves “tremurinhas”, que de tão leves eu chegava a me questionar se realmente era o bebê ou se era algum movimento normal do meu próprio corpo. Mas sentir, sentir mesmo, um movimento nitidamente forte só com 5 meses.
André Sielski - Zoom Photo
Nunca vou esquecer aquele dia 03 de maio de 2011 quando, ao deitar para dormir, a Raphaela deu como que três pulinhos na minha barriga! Foi mágico, estranho e maravilhoso ao mesmo tempo. A sensação era de que meu bebê estava tentando se comunicar comigo, como que dizendo “Oi mãe, eu tô aqui”!
    E é uma sensação tão gostosa sentir esses "chutinhos", essas verdadeiras manifestações de vida do bebê! Era uma delícia, quando eu ou meu marido conversávamos "com a barriga" e de lá de dentro nossa pequenina respondia com seu "mexe-mexe". Às vezes, chegávamos a brincar colocando a mão em um determinado ponto da barriga e logo nossa bebezinha estava lá com os pés ou as mãozinhas tentando nos tocar. E à medida que íamos mudando a mão de posição ela ia seguindo os movimentos, acompanhando cada toque por dentro da barriga. Em outros momentos, ela "começava a brincadeira" empurrando bem o pé em um ponto e quando meu marido colocava a mão ela tirava rapidamente o pé dali e corria para outro ponto, como um divertido pega-pega.
No entanto, embora as “sessões de mexidas” tenham se intensificado com o passar da gestação, elas não aconteciam todos os dias e nem chegaram a ser tão fortes como as de outras grávidas que conheci em que o formato de uma mão ou de um pé chegava a se destacar na barriga; o que deixou eu e meu marido um tanto preocupados. Foi aí que, buscando uma explicação para os aparentemente poucos movimentos de nosso bebê descobrimos um detalhe que pouca gente sabe: a posição da placenta influencia diretamente nesta relação de sensibilidade da mãe X movimentos do bebê.
Quando a placenta é posterior, significa que ela está atrás do feto; quando a placenta é anterior, como no meu caso, quer dizer que a mesma está localizada a frente do bebê. Isso significa que para que eu sentisse os movimentos da minha bebezinha ela precisava “vencer” toda a placenta e mais sete camadas de pele. Já quando a placenta é posterior, o contato é muito mais direto, digamos assim, e consequentemente os movimentos podem ser percebidos com muito mais facilidade.
Ah, para saber se a sua placenta é posterior ou anterior, é só reparar no alto do seu exame de ultra-som. Lá vem tudo discriminado direitinho. E se a sua placenta for anterior e você não estiver sentindo tanto quanto gostaria de sentir o seu bebê, não fique triste; lembre-se que ele está fazendo um esforço danado para se comunicar e o que você julga ser uma "mexidinha" para ele é na verdade um grande "mexidão", rsss;)

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