segunda-feira, 2 de julho de 2012

Alterando a rotina


Por mais monótona que a palavra rotina possa parecer ela é muito importante para os bebês. Segundo os especialistas, seguir uma rotina ajuda as crianças a irem se adaptando ao mundo e, aos poucos, a adquirir hábitos saudáveis como dormir à noite toda e não trocar a noite pelo dia. Vira e mexe tenho tido provas dessa teoria, mas nem sempre dá para seguir o que diz os livros como naquela semana em que você tem um evento, uma festa de aniversário, por exemplo!
É, nem sempre dá para seguir o script desejado e uma hora ou outra o banho do bebê vai ter que ser mais cedo (ou mais tarde) e ele vai ter que, aos poucos, se acostumar a estar em meio a muitas pessoas, longe da tranquilidade do seu lar. Claro que em um momento como esse, em que você sabe que vai precisar quebrar a rotina, você deve conversar muito com o seu filho (não importa a idade, acredite, as crianças entendem muito mais do que a gente pensa) e se preparar para as consequências dessa alteração. Pode parecer exagero toda essa preocupação, só que os pequenos são sim muito sensíveis a tudo que os cerca e uma simples mudança de horário e de ambiente os afeta de forma considerável. Inegavelmente, algumas crianças são mais sensíveis que outras e cada uma pode responder aos estímulos de uma forma diferente, porém, todas, sem exceção, percebem que “algo está fora do lugar”.
No início, minha filha ficava com o intestino preso sempre que íamos a alguma festa. Foi assim no natal, em alguns aniversários e até no batizado dela, pobrezinha. Dava dó de ver no dia seguinte ela fazendo a maior força prá conseguir fazer “cocozinho” (me desculpem o jeito de falar, mas acho tão feio dizer “evacuar”...). Uma vez chegou até a sair um pouquinho de sangue e ela só conseguiu fazer com a gente ajudando e dobrando as perninhas dela contra o abdômen.
Foi um período difícil, mas que parece estar superado. Neste final de semana, ela deu uma amostra de que já está tirando de letra esse negócio de ir a um lugar com muita gente e mesmo assim não ficar com prisão de ventre. No entanto, o sono dela é que ficou completamente comprometido; e o meu, então, nem se fala!
Foto: Victor Köech
Meu pai (salve seu Edson!) fez aniversário na última sexta-feira, dia 29 de junho, e no sábado comemoramos seus 60 anos com uma festa e tanto, no melhor estilo anos 60. Parentes e amigos mais chegados compareceram no sítio de meus pais, onde ficamos até este domingo. Tudo transcorreu muito bem durante todo o dia e inclusive durante boa parte da festa; a Raphinha curtiu junto com a gente toda a preparação pela manhã e início da tarde, ficou maluquinha vendo as luzes do globo, instalado no alto do salão, que refletiam por toda a parede e dançava se balançando prá frente e prá trás, quando não batia palminhas, enquanto meu marido fazia a passagem do som; e mesmo com a chegada dos convidados ela não se mostrou intimidada. O problema foi quando o sono chegou e ela resolveu resistir a qualquer custo!
Foto: Raphael F. Rutkoski
Raphinha já caindo de sono...
Na verdade ela já não é muito fácil para dormir normalmente. É daquelas que não gosta de se entregar tão cedo. Muito curiosa, “dá fé a tudo” como dizem os mais velhos, quer aproveitar tudo o que pode. Mas no dia a dia, em casa, com a maioria das luzes apagadas, com uma canção e o embalo da mamãe, ela dorme sem grandes resistências, embora faça uma “reninha básica” na maior parte das vezes. Porém, desta vez, ela se superou.
Estava morrendo de sono, mas mesmo com a mamãe embalando e cantando como fazemos em casa, ela não queria de jeito nenhum ficar trancada no quarto à meia luz. A danadinha queria era ficar no meio do povo. E assim fizemos. Ficamos lá, dançando abraçadinhas, ela relutando bravamente ao “Orfeu”, vez por outra cochilando e despertando a cada vez que alguém passava ou falava mais próximo de onde estávamos. Foi assim um bom pedaço da noite até que uma hora, já totalmente sem forças, ela praticamente desmaiou mesmo com o som alto e todo o agito da festa.
E o pior é que no domingo ela repetiu a “resistência”. Durante o dia ela costuma tirar pelo menos umas duas sonequinhas durante o dia, mas desta vez ficou relutando até o meio da tarde, quando finalmente depois de uma mamadeira acabou se entregando ao sono. À noite, nova briga para dormir. Mesmo já em casa, com as luzes apagadas e com todo o ritual que sempre fazemos ela não queria saber de se entregar embora estivesse visivelmente “embriagada” de sono. Eu já não sabia mais o que fazer quando, quase à uma hora da manhã ela finalmente adormeceu em meus braços.
E tudo isso por causa da mudança de horário, de local, e do agito da festa em si. Só espero que ao longo da semana ela volte ao ritmo normal, e possamos ir para a cama mais cedo! Uah, que sono! Zzzzz...

Gostei da ideia, Tio Zé!
Valeu a sugestão!;)

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