Com um bebê todo cuidado é pouco! E a
última semana foi uma prova disso. Para falar sobre o tema da semana vamos relembrar alguns fatos não muito agradáveis, mas que marcaram os últimos dias. Infelizmente, pelo menos 4 bebês morreram em situações que servem de alerta para nós, pais e mães de
crianças pequenas. Não nos cabe aqui julgar, acusar ou eximir de culpa os pais
ou responsáveis destes pobres anjos, mas acredito que seja válida uma pequena
reflexão em torno destes tristes incidentes para que possamos nos prevenir e,
quem sabe, evitar novas tragédias. Afinal, já dizia o provérbio e agora também
Augusto Cury, em uma versão mais nova, que “uma pessoa inteligente aprende com
os seus erros, uma pessoa sábia aprende com os erros dos outros”.
Os casos a que me refiro são os dos
gêmeos de 1 ano e seis meses que morreram afogados na piscina da casa onde
moravam em Taboão da Serra, na Grande São Paulo; o do bebê de 5 meses que
morreu após se engasgar em uma creche em São Paulo; e o do bebê 4 meses que
ficou preso no berço e morreu asfixiado na casa dos avós em Salete, no Vale do
Itajaí, em Santa Catarina. Com certeza os familiares estão com os corações
dilacerados e por eles só podemos rezar para que sejam confortados neste
momento de dor. Mas fica o alerta para as demais famílias. É claro que acidentes
e imprevistos acontecem, porém, na maior parte dos casos é possível tomar
algumas precauções para tentar evitar situações trágicas.
Não sei como era o berço onde a
criança morreu asfixiada, mas segundo a avó o bebê estava com metade do corpo
para fora; o que nos leva a imaginar que a criança deve ter tentado passar pela
grade e, sem sucesso, acabou ficando trancada e, sem ar, veio a falecer. Para
prevenir, o ideal é escolher o berço com cuidado e observar as medidas de
segurança. De acordo com o Inmetro, o espaço entre as grades deve ter no máximo
6,5 cm, justamente para prevenir que o bebê coloque a cabeça no vão. Vale ainda
lembrar que uma babá eletrônica, especialmente com câmera, poderia ajudar numa
hora dessas. Com a ajuda do aparato, por exemplo, você pode deixar a criança
dormir sozinha em segurança e sair para fazer os afazeres de casa com tranquilidade.
Para o segundo caso, também valem dois
alertas. O primeiro diz respeito quanto à escolha da escolinha. Peça
referências, chegue de surpresa para conhecer as instalações e observar como
tudo funciona, cheque se o número de profissionais que atuam em cada sala é
suficiente para atender bem a todas as crianças. O segundo alerta é quanto à
própria alimentação. De acordo com os jornais, a criança morreu engasgada após
ser alimentada com leite. Ou seja, aqui não havia sequer o risco de o engasgo
ter sido provocado por algum pedaço de alimento, mas talvez tenham esquecido de
que após a mamada/ou a mamadeira o bebê precisa ser colocado para arrotar e,
especialmente, se já é uma criança com histórico de refluxo precisa ficar de 10
a 15 minutos na posição vertical para reduzir a chance de o leite voltar. Às
vezes mesmo assim o leite volta (sei bem porque a Raphinha tinha refluxo e não
foram poucas as vezes que o leite voltou mesmo depois de eu ter ficado com ela
em pé por mais de meia hora), só que aí vale a vigilância e atenção de quem
cuida para observar a criança, ficar de olho para ao primeiro sinal de engasgo
erguer o bebê, dar uns leves tapinhas nas costas ou mesmo aplicar os primeiros
socorros.
Com relação ao episódio dos gêmeos, mais
dois alertas. O primeiro é que todo cuidado é pouco quando os pequenos começam
a caminhar. As crianças são naturalmente curiosas e assim que começam a se
locomover vão mesmo tentar explorar o mundo. Cabe a nós, pais e responsáveis,
tirar do caminho delas tudo o que possa representar perigo. E vale lembrar que
ainda nessa idade o lugar mais seguro para os pequenos dormirem é o berço, sem
esquecer que, à medida que crescem, é prudente levantar as grades para que os
pequenos não possam sair dali sozinhos. O segundo alerta para este caso está
relacionado com a piscina. Há vários casos de crianças que morreram afogadas
nas piscinas das próprias casas em um momento de descuido dos pais. Para quem
tem um bebê e tem piscina em casa, pense bem em isolar a área com uma cerca,
colocar câmeras e um alarme. Já existe até um no mercado que avisa quando
qualquer coisa com mais de 6 kg cai na água.
Ainda assim ninguém está imune a
tragédias, mas vale tudo para tentar prevenir o pior, não é mesmo?!
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