Graças a Deus a Raphinha melhorou!
Está super bem e nem mais sinal de febre, convulsão ou infecção urinária (sai
prá lá!). Mas eu sei que vira e mexe as crianças voltam a ficar doentes, e que o
episódio que vivemos nas últimas semanas, de idas e vindas a unidades de saúde,
não foi o primeiro nem o último que enfrentaremos. Por isso, mesmo depois de tudo
ter voltado ao normal, resolvi buscar mais informações para estar preparada
caso uma nova febre ou outro incômodo volte a aparecer.
E foi com grande alegria que encontrei
o artigo que apresento a seguir, com dicas do pediatra Sylvio Renan Monteiro de
Barros*. Há inclusive uma tabela indicando quando os pais devem procurar o
pediatra. Boa leitura!
Dor
de barriga e febre: o que elas podem ser?
Que um bebê e uma criança adoecem com
mais facilidade isso todo pai e mãe sabem. Mas, o que é inegável, são as
dúvidas e, às vezes, o desespero que afligem estes pais em como identificar uma
possível doença no seu filho. Para tentar diminuir estas aflições, o pediatra
Sylvio Renan Monteiro de Barros, da clínica MBA Pediatria, reuniu algumas dicas
sobre os sinais que as crianças dão, como um aviso: “não estou bem”.
Segundo o pediatra, além do
choro, característico de que algo está errado, há outros sinais importantes que
indicam que o pequeno pode estar doentinho: a febre e a dor de barriga.
Autor do livro "Seu bebê em
perguntas e respostas - Do nascimento aos 12 meses", o médico
contextualiza que a dor de barriga é absolutamente inexpressiva em bebê e,
principalmente, em crianças maiores. “Ela pode advir de uma contração muscular
(basta lembrar os movimentos bruscos, as cambalhotas e as posturas assumidas
pelas crianças), excesso de gases, contrações abdominais por alimentos
inadequados, além, é claro, daquelas dores que passam logo após um carinho da
mãe”, diz Sylvio Renan.
Por outro lado, existem dores
que são sinais de alguma doença, sim. Estas, geralmente, vêm acompanhadas de
febre, e não melhoram facilmente com medidas caseiras, além de terem uma
tendência a aumentar com o passar do tempo.
Em relação à febre, o pediatra
explica que esta é uma defesa do organismo frente a algum fator agressor e que,
ao perceber que está sendo invadido, seja por fungos, bactérias, vírus ou
corpos estranhos, aumenta sua produção de leucócitos (ou glóbulos brancos –
células do sangue especializadas na defesa contra invasões), dirigindo-se ao
local da agressão e iniciando o processo inflamatório, visando destruir o
invasor. Durante esta etapa, ocorre a liberação de pirógenos responsáveis pelo
aumento da temperatura do organismo, o que aumenta o poder de ação dos glóbulos
brancos.
Se considerarmos que os vírus e
bactérias, quando invadem o organismo, provocam febre antes da instalação da
doença a ponto de ser perceptível para diagnóstico médico, a consulta precoce
ao profissional não antecipa o início do tratamento. “O pediatra (ou outro
profissional da medicina) somente prescreverá algum tratamento quando tiver
bons indícios ou até a certeza do que está acontecendo com a criança.
Dependendo da doença, os sintomas podem aparecer de 1 a 7 dias e, muitas vezes,
o diagnóstico é possível somente após exames laboratoriais” alerta o médico,
membro da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
Para amenizar a dor de barriga
e, principalmente, a febre, muitos pais recorrem a remédios da farmacinha
caseira. Mas, afinal, isso é aconselhável? Sylvio Renan diz que é importante
seguir a recomendação do pediatra da criança. “Se o pediatra já prescreveu uma
determinada medicação em outras ocasiões, a mesma pode ser utilizada até que o
médico seja contatado e informado quando ocorrer um novo sintoma”.
Para cessar a febre, por
exemplo, o profissional habitualmente deixa com os pais a prescrição com a dose
correta para cada criança, com indicação de antitérmicos que podem ser
utilizados quando apresentar febre.
Existe uma tabela que muito
auxilia quanto à necessidade de auxílio do pediatra em casos febris:
SE A CRIANÇA...
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LIGUE PARA O PEDIATRA...
|
TEM MENOS DE 3 MESES
|
Imediatamente, se apresentar
temperatura acima dos 37,5°C.
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TEM DE 3 A 6 MESES
|
Se a temperatura for maior que 37,5°C e acompanhada de
outros sintomas, como choro de dor, tosse, etc.
|
TEM DE 6 MESES A 12 MESES
|
Se a temperatura ultrapassar 38°C
e for acompanhada de outros sintomas, como dores (de ouvido, garganta),
tosse, etc.
|
TEM MAIS DE 1 ANO
|
Se a febre perturba a alimentação, o sono ou as
brincadeiras, ou se durar mais de 24 horas.
|
EM QUALQUER IDADE
|
Imediatamente se a febre for
acompanhada de confusão, delírio ou alucinações, rigidez da nuca, convulsões
ou vermelhidão no corpo.
|
Os pais não podem esquecer também que
os medicamentos podem provocar reações adversas, mesmo que não sejam
ministrados em altas dosagens. Como alternativa, outra manobra que diminui a
temperatura corporal é dar um banho morno, com temperatura aproximadamente 2ºC
abaixo da temperatura do corpo da criança naquele momento.
Por fim, Sylvio Renan frisa que
qualquer medicação deve ser prescrita pelo pediatra (ou outro médico,
dependendo da necessidade).
* Dr. Sylvio Renan Monteiro de Barros é
autor do livro "Seu bebê em perguntas e respostas - Do nascimento aos 12
meses". Formado pela Faculdade de Medicina do ABC, tem especializações e
títulos pela Unifesp/EPM, Sociedade Brasileira de Pediatria e General Pediatric
Service da University of California - Los Angeles (Ucla). Sylvio Renan atuou
por quase 30 anos no Pronto Socorro Infantil Sabará e foi diretor técnico do
Hospital São Leopoldo, cargo que deixou para se dedicar ao seu consultório, a
MBA Pediatria, e à literatura médica para leigos.
Para os papais de primeira viagem as dicas de qdo procurar o Pediatra foram ótimas! Adoramos PALPITES de MÃE!
ResponderExcluirMoacir e Ana, papais de Ana Claudia, de 2 anos.
Muito legal ler o comentário de vocês, Moacir e Ana! Que bom que o artigo agradou.
ExcluirBeijos para vocês e para a pequena Ana Claudia;)