Foto: Raphael Rutkoski |
Na última semana recebemos no
serviço a visita de uma colega de trabalho, ainda em licença maternidade, e de
seu lindo recém-nascido. Além de muitos “Ai, que fofinho”/ “Que lindo! É a cara
da mãe!”/ “Não, acho mais parecido com o pai”, entre outros comentários do tipo,
a reação de todos foi correr para ver o bebezinho bem de perto e, quase que
automático, pegar na mãozinha ou na bochechinha do bebê; enquanto a pobre mãe
sem querer ofender ou ser indelicada, assistia a tudo super preocupada e com o
coração na mão. Certamente se eu ainda não fosse mãe, e não soubesse de todos
os perigos que isso representa para o indefeso nenenzinho, teria a mesma
reação. E justamente por isso é que resolvi falar hoje mais especificamente para
as tias, amigas, primas, e toda a sorte de parentes possíveis, sobre como se
comportar na hora de visitar ou de receber a visita de um bebezinho
recém-nascido e de sua mãe.
Quer coisa mais fofa do que
mão/bochecha/pé ou qualquer outra parte do corpo de um bebê? É quase
irresistível não tocar, mas o que pouca gente sabe é que representa uma ameaça
para os recém-nascidos. Como assim? É que no simples ato de tocar, ou até de
respirar, podemos transmitir germes, vírus e bactérias, que o sensível
organismo de um neném não está preparado para enfrentar. Normalmente o bebê já
convive pacificamente, digamos assim, com os germes de seus próprios pais, ou
das pessoas que dele cuidam, mas germes diferentes são um perigo para ele, que
após um dia em contato com outras pessoas pode apresentar vômito, febre,
diarréia e por aí vai.
Por conta disso, é que devemos
evitar tocar na pele do bebê, especialmente no rosto e nas mãos que ele costuma
levar à boca; pelo menos até que a criança esteja maior e já tenha tomado todas
as vacinas, toque apenas nas partes cobertas pela roupinha, ou nem toque. Vale
lembrar que o álcool em gel disponível na entrada do quarto da maternidade ou
mesmo na casa dos pais mais cuidadosos, não é um artigo decorativo ou para ser
usado apenas em casos de gripe. O ideal é lavar bem as mãos primeiro com água e
sabonete, passar o álcool em gel e, ainda assim, não tocar na pele do bebê. Se
você é mãe de recém-nascido e vai sair de casa com ele, sugiro levar na bolsa
um lenço umedecido próprio para esta faixa etária (tem um ótimo da Johnson que
vem numa embalagem amarelinha) e passar nas mãos do bebê sempre que alguém as
tocar.
Ah, e nunca, nunca mesmo,
chegue perto de um recém-nascido se estiver doente, mesmo que seja apenas um
resfriado! Mesmo que sua melhor amiga tenha acabado de ganhar neném e você
esteja doida para vê-la na maternidade, se estiver doente, contenha-se! Vale
mais mandar um cartão, quem sabe acompanhado de algumas flores, parabenizando
os novos papais e explicando que gostaria muito de estar com eles nesse
momento, mas como não quer passar nada para o bebê vai conhecê-lo assim que
estiver melhor.
Ainda falando de visitas, nunca
é demais lembrar que elas devem ser curtas. A mamãe e o bebê precisam descansar
e ainda estão se adaptando à nova rotina. E se estiver na dúvida entre visitar
ainda na maternidade ou em casa, pergunte para a nova família qual a
preferência. Se eles disserem para você escolher, opte pela maternidade. Eu,
pelo menos, achei bem melhor. Por mais que eu estivesse cansada do parto em si,
na maternidade se tem todo um suporte de médicos e enfermeiras, e você não
precisa se preocupar em arrumar a casa para receber as visitas;)
Concordo com tudo! Muitas pessoas ficam chateadas se falamos que o pediatra pediu para não pegar na mãozinha do bebê.A situação é mesmo delicada.
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